domingo, 29 de janeiro de 2017

Histologia animal: Tecidos Epitelial

Histologia: Estudo dos tecidos
Histologia animal: São os principais tecidos presentes nos animais
Tecidos: É um conjunto de células que tem a mesma origem embrionária e que se organizam para desempenha funções similares ou iguais.
Pele: É um órgão formado por vários tecidos entre eles o epitelial

Os tecidos são divididos em 4 grupos:
1)Tecido Epitelial:

-Origem embrionária diversa

-Pode ser um epitélio de revestimento que também desempenha a função de proteção
-Ou pode ser um epitélio de secreção

-Na epiderme a taxa mitótica é muito alta, portando são pouco diferenciadas. Na nossa pele temos um número elevado de células mortas graças a essa elevada taxa de multiplicação,

-Na epiderme as células tem que estar muito juntas portanto = justapostas para evitar a entrada de corpos estranhos e evitar perdas de substâncias úteis do nosso organismo como a água

-Possuem pouca substância intercelular
,

-O tecido epitelial não possui vasos sanguíneo, não tem sangue. O tecido conjuntivo que está abaixo da epiderme que tem os vasos sanguíneos e por difusão permitirão as trocas de substâncias ou gasosas como que os nutrientes ou oxigênio chegue até o tecido epitelial.

-O tecido epitelial sempre estará associado a membrana basal ou lâmina basal. É a região que sustenta o epitélio quanto permite que esse epitélio possa trocar substâncias com o tecido conjuntivo adjacente

Tecido epitelial - Características
Prof. Emanuel
Epitélio
Conjuntivo
Lâmina
Basal


Este tecido possui origem embrionária a partir dos três folhetos embrionários: ectoderma, mesoderma e endoderma. O ectoderma formará a epiderme, epitélio da boca e fossas nasais. Já o mesoderma formará o revestimento de cavidades corpóreas fechadas e o sistema urogenital. O endoderma, por sua vez, formará o sistema digestório e respiratório.

Pode ser classificado como:
1)Tecido epitelial de revestimento: (Variam muito na espessura)
São duas e irão revestir superfícies corpóreas,
1) Reveste externamente o corpo formando a epiderme
2)Reveste internamente os órgãos formando as mucosas.
O revestimento pode tanto exercer papel de proteção (como o isolamento da urina na bexiga, epiderme) quando a função de passagem e trocas de substâncias (mucosa do intestino, mucosa do néfron no rim, mucosa dos alvéolos pulmonares, onde há trocas gasosas).

-Epitélio muito espesso = com várias camadas de células tem o papel de proteção
-Epitélio fino, menos espesso, formado por uma ou duas células permite trocas de substâncias (anfíbio, intestino)

Ao olhar para um epitélio de revestimento, já se tem um ideia da função exercida por esse epitélio. Porque se o papel dele é proteger o epitélio é mais espesso e se o papel dele for promover trocas de substâncias o epitélio será bem fininho afim de facilitar as trocas de substâncias entre o tecido.

Ex: a nossa epiderme é muito expressa pois tem função de proteção, já a epiderme de um sapo ou minhoca que tem o papel de trocas gasosas, é lógico que a epiderme desses serres serão mais finas do que a epiderme de um mamífero.



Classificação dos epitélios de revestimento quanto a espessura e forma:

Epiderme: É um epitélio de revestimento Estratificado (com várias camadas de células)/ pavimentosas (formato de tijolinho)/ queratinizado (os tijolinhos são impregnados de proteína: queratina para evitar perda de água excessiva)

-Intestino: Papel de troca de substâncias: Por isso que ao invés de várias camadas de células tem apenas uma camada, portanto é um um epitélio de revestimento simples, cilíndricas e possui uma membrana apical, que possui micro-vilosidades que aumenta a superfície de contanto aumentando as trocas de substâncias, e um maior absorção e aproveitamento dos nutrientes da nossa digestão.

-Traqueia: Tem um única camada de células, mas parece ser extratificado por isso chamamos de: Pseudoextratificado com células prismáticas, com cílios e células caliciformes produtoras de muco = catarro.

-Bexiga: Na medida em que a bexiga vai se estendado = enchendo as células da beixigavão mudando de formato - aquelas que estão mais para o meio vão ser células cúbicas e a que estão mais na periferia vão ser células pavimentosas portando ela é um epitélio estratificado de transição, uma vez que se observa uma transição no formato das células.


tecidos

 2)Tecido epitelial Glandular: As células do tecido epitelial glandular produzem substâncias chamadas (secreções) que poder ser utilizadas pelo organismo ou eliminadas (excreção).

Glândula
é um órgão, constituído de tecido epitelial, cuja utilidade é secretar algumas substâncias com uma função pré-determinada.

Existem 3 tipos de glândulas:


Glândulas exócrinas: Lançam suas secreções para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo (como as glândulas salivares, suco gástrico);
Como identificá-las: São células epitelias de revestimento que ao longo do seu desenvolvimento embrionário o epitélio sofre uma invaginação para dentro gerando uma estrutura secretora, e uma vez mantida essa conexão com o meio externo denominada de ducto secretor, elas são secretadas para fora do corpo ou cavidade de um orgão.
OB:Apenas glândulas exócrinas possuem ductos secretores.


Glândulas endócrinas: Secretam secreções no sangue. As secreções são denominadas hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireóide, glândulas paratireódeas e glândulas adrenais.

Como identificá-las: Ao longo do desenvolvimento o tecido epitelial de revestimento sofre envaginação, só que esse invaginção continua acontecendo até descolar do tecido de revestimento. Então as secreções produzidas por essa glândula serão lançadas nos vasos sanguíneos ao redor

Glândulas mistas:
Secretam tanto substâncias no sangue, uqnto fora do corpo ou em cavidades de orgãos.
Uma glândula pode conter os dois tipos de função ao mesmo tempo. O pâncreas, por exemplo, contém as duas funções. O pâncreas endócrino é responsável pela produção de insulina e o pâncreas exócrino é responsável pela produção de enzimas digestivas (lipase pancreática, amilase pancreática, tripsina, peptidase e nuclease) responsáveis por ajudar na digestão das proteínas.
OB: A secreção parácrina age diretamente nas células adjacentes.

Classificação das glândulas em relação à maneira de eliminar a secreção:

1)Holócrinas: A célula morre ao liberar sua secreção, o processo de eliminação da secreção é drástico: a célula secretora acumula produtos no citoplasma; em seguida, morre e se desintegra, constituindo, ela própria, a secreção. As glândulas sebáceas de nossa pele são holócrinas e estão sempre se desintegrando e sendo regeneradas.

2)Merócrinas são o oposto das holócrinas, pois as células secretoras eliminam apenas a secreção, mantendo seu citoplasma praticamente intacto. Exemplos delas são as glândulas salivares e sudoríparas.

3)Apócrinas: Cujas células secretoras perdem uma certa parte de citoplasma ao eliminarem sua secreção, mas elas não morrem. Um exemplo desse tipo é a glândula mamária.

http://pt.slideshare.net/emanuelbio/tecido-epitelial-32245587



O corno do Lúcio gasgou com a espinha do bacalhau

Para formação das glândulas pelo tecido epitelial, ocorre a proliferação e a penetração das células do tecido epitelial no tecido conjuntivo

Porque a pele fica enrugada nas pontas dos dedos e na sola dos pés?
Lentamente ocorre a hidratação da queratina depositada sobre a epiderme, aumentando o volume desta proteína fibrosa, causando dobras nas partes mais espessas.

I. O epitélio de revestimento do tipo prismático com microvilosidades é comum
aos órgãos relacionados com a absorção, como o intestino delgado.
II. As glândulas merócrinas, formadas pelo epitélio glandular, são aquelas que
apresentam um ciclo secretor completo, ou seja, elaboram, armazenam e eliminam apenas a secreção.
 As células epiteliais recebem a sua nutrição a partir do tecido conjuntivo subjacente, uma vez que o tecido epitelial é avascular.

As células epiteliais da epiderme contém quantidade variável do pigmento melanina, colocado como um capuz sobre o lado do núcleo celular que está voltado para o exterior, de onde vêm os raios ultravioleta.

- A epiderme humana tem vários estratos ou camadas. No limite com a derme
fica o estrato germinativo, cujas células estão em contínuas mitoses.
II- Entre as células do estrato basal ou germinativo da epiderme humana, se infiltram células especiais, muito ramificadas, os melanócitos, produtores de melanina, o pigmento que dá cor à pele.
Na hipoderme humana, a região mais profunda da derme, fica o tecido adiposo subcutâneo, uma camada de gordura cuja espessura depende da parte do corpo e do estado de nutrição da pessoa
 
Quando as glândulas formam sua porção
secretora e perdem a ligação com o epitélio de origem são conhecidas como glândulas endócrinas que por não terem canal para comunicação liberam suas secreções, os hormônios, nos vasos sanguíneos. Quando mantém este canal, formam-se as glândulas exócrinas.
 
O epitélio de revestimento observado no
intestino delgado é constituído por células justapostas que apresentam, em sua superfície livre, grande quantidade de microvilosidades. Estas especializações de membrana servem para aumentar a superfície de absorção de nutrientes.
 


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Embriologia

Depois da formação dos gametas na gametogênese, pode ocorrer a fecundação, ou seja, o encontro entre essas células germinativas. A partir daí, sucede-se o desenvolvimento embrionário, ou embriogênese.

A partir da formação do zigoto a célula começará a sofrer divisões celulares: (mitoses sucessivas),
Mitose: é o deslocamento dos cromossomos dentro da célula para ocorrer a divisão.

Essa sequência de desenvolvimento mitótico ou mitoses sucessivas é chamada de segmentação ou clivagem.
.
A constituição da célula ou os diferentes tipos de ovo vai permitir um melhor ou pior deslocamento cromossômico, por isso o processo de segmentação ou clivagem depende fundamentalmente do tipo de ovo que contém em seu interior reserva de nutrientes = alimento para o desenvolvimento do embrião. Esse nutriente é o vitelo. A quantidade e a localização do vitelo são variáveis nos diferentes tipos de ovo:

 
1- Oligolécito (oligo = pouco; lecito = vitelo), homolécito ou isolécito (homo ou iso = igual) — possui pouco vitelo homogeneamente distribuídos por todo o citoplasma da célula é total ou holoblástica  pois origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais
(Clivagem: Holoblástica Igual)
  • É o ovo dos:
  1. Equinodermos: invertebrados marinhos, como esponjas, corais estrelas-do-mar.
  2. Anfioxo: PEIXES São animais marinhos pisciformes, transparentes e muito pequenos, com 6cm.
2- Alécito (a = sem) – semelhantemente aos oligolécitos, mas praticamente sem vitelo. Muitas vezes são classificados como oligolécitos ou isolécitos. Sua segmentação é total ou holoblástica e igual, pois origina uma mórula com blastômeros de tamanhos aproximadamente iguais.
(Clivagem: Holoblástica Igual)
  • É o ovo dos mamíferos placentários
 
3- Heterolécito
(hetero = diferente) ou Mesolécito -  O vitelo é distribuído desigualmente pelo citoplasma, apresenta quantidade de vitelo intermediária, mas o vitelo é abundante no polo inferior (polo vegetativo).

Pólo vegetal ou vegetativo: O polo que concentra mais vitelo
Pólo animal: Polo que fica com menos vitelo

A segmentação é total e desigual, pois, por ter menos vitelo na parte superior = pólo animal divide-se mais rapidamente e produz células menores e mais numerosas que as produzidas no outro pólo.
(Clivagem: Holoblástica Desigual)
  • É o ovo de anfíbios, de vários peixes e de alguns invertebrados (maioria dos moluscos, poliquetas e platelmintos).

4- Telolécito (telo = ponta) ou megalécito (mega = grande) - o núcleo e o citoplasma formam uma pequena gota sobre uma quantidade enorme de vitelo (também chamado de gema, neste caso); a segmentação é meroblástica (mero = parte) ou parcial e discoidal – pois ocorre apenas no pólo animal e forma um pequeno disco de células (cicatrícula), encravado na gema;
(Possui grande quantidade de vitelo ocupando quase todo volume celular.)
(Clivagem: Meroblástica discoidal)
  • É o ovo de répteis, aves, vários peixes e de alguns moluscos e mamíferos ovíparos (ornitorrinco).
 
5- Centrolécito - o vitelo ocupa a região central da célula e não se divide; o núcleo divide-se várias vezes no interior do vitelo e migra para a periferia, seguindo-se a divisão do citoplasma; a (Clivagem: Meroblástica superficial)
  • É o ovo da maioria dos artrópodes (insetos e outros).

Resumo:

1- Clivagem Holoblástica Igual (holo = toda a célula se divide, igual= em unidades = blastômeros iguais):
Ovo Oligolécito ou Alécito
Equinodermos, peixes e Mamíferos Placentários


2- Clivagem Holoblástica Desigual (holo = toda a célula se divide, igual= em unidades = blastômeros desiguais)
Ovo Heterolécito:
Anfíbio

3- Clivagem Meroblástica Discoidal: (Mero: apenas uma parte da célula irá se dividir, que será na parte superior, no disco embrionário. E todo o resto da célula será vitelo.
Ovo Telolécito:
Aves e répteis

4- Clivagem Meroblástica superficial (Mero:  a divisão ocorre apenas em uma parte da célula (mitose nuclear), que atravessam a barreira vitelínica atingindo o citoplasma da superfície.
Ovo Centrolécito:
Artrópodes (insetos)

Resultado de imagem para tipos de ovo
Resultado de imagem para tipos de segmentação so existente entre os seres vivos


Clivagem, Mórula e Blástula, Gástrula e Neurula

A clivagem corresponde às sucessivas divisões mitóticas celulares. Inicialmente, não há diferenciação celular e, além da formação de novas células, há também a diminuição em seu tamanho. Da célula zigoto, são formadas duas células idênticas entre si. Depois, a partir dessas duas são formadas quatro células, também idênticas. Das quatro, são formadas oito e dessas são formadas dezesseis, assim sucessivamente.

Mórula
No intervalo entre 12 e 32 células, chamamos esse aglomerado celular de mórula. Este nome foi dado porque essas células juntas parecem uma amora. E as unidades que vão surgindo são denominadas de blastômeros, que significa: Unidade jovem, pois suas estruturas são indiferenciadas, tem a capacidade de originar qualquer tipo de célula do organismo.

Blástula = Blastocisto no ser humano
Neste momento, as células = os blastômeros começam a  migram para a periferia que e serão chamadas de Blastoderma, dando origem a um espaço oco no interior, chamado Blastocele. Essa fase é chamada de blástula e também corresponde às células indiferenciadas, que são chamadas de células-tronco.

É onde ocorre a nidação: fase que o embrião se implanta no endométrio = no útero
O embrioblasto é a parte do blastocisto que originará o embrião
As células tronco embrionárias humanas são extraídas do embrioblásto
O sinciciotrofoblasto ou trofoblasto é a porção do blastocisto que originará a placenta



Gástrula
A blástula  sofre uma invaginação para o interior do embrião invadindo o blastocele, dando início ao processo da gastrulação. Agora, o embrião terá dois folhetos embrionários: as células de fora, chamadas ectoderma, e as células que invaginaram, chamadas endoderma. Além disso, haverá um espaço no interior da gástrula conhecido como arquêntero que dará origem ao intestino primitivo ou sistema digestório do mesmo (o tubo digestivo primitivo), e um buraco chamado blastóporo.
- Em animais protostomados, o blastóporo originará a boca, e esse é o caso da maior parte dos animais (anelídeos "minhocas", moluscos e artrópodes) - Invertebrados

-  Quando o blastóporo origina o ânus, no entanto, os animais serão conhecidos como deuterostomados, e é o caso dos (cordados:mamíferos e dos equinodermos:estrela do mar) - Vertebrados

Neurula

Nessa fase final da embriogênese será formado o tubo neural "originado pela ectoderma). Além disso, haverá a formação de um bastão rígido conhecido como notocorda (originado pela mesoderma), que sustenta inicialmente o embrião. Posteriormente, algumas células do endoderma darão origem ao mesoderma, que são células que ficam entre o ectoderma e o endoderma. Durante a formação do mesoderma, há a formação de um espaço que abrigará os órgãos internos do animal, chamado celoma. Cada anexo embrionário originará, depois, os órgãos e seus consequentes sistemas.




Folhetos Embrionários

 – Ectoderma: originará a epiderme e suas glândulas anexas (glândulas lacrimais, sudoríparas, mamárias) e o sistema nervoso; (originado na Gastrulação)

– Endoderma: originará o tubo digestivo e suas glândulas anexas (pâncreas, fígado, baço e tireóide) e sistema respiratório; notocorda (originado na Gastrulação)

– Mesoderma: originará os tecidos conjuntivos (tecido sanguíneo, ósseo, cartilagenoso), tecido muscular, sistema reprodutor e urinário (originado na Neurulação)


Celomados, Pseudocelomados e Acelomados

 Tem animais que não presentam celoma = Acelomados, possuem apenas dois folhetos embrionários: endoderma e ectoderma. Esses animais são conhecidos como diblásticos, e são representados pelos Cnidários (água viva), Equinodermos (estrela do mar), Platelmintos (vermes) não apresentam celoma, pois seu mesoderma é maciço, logo, são denominados acelomados.

Os demais animais são triblásticos, ou seja, apresentam os três folhetos embrionários (ectoderma, endoderma e mesoderma), sendo diferenciados com relação a posição do celoma.

Pseudocelomado:Quando a cavidade geral do embrião está entre o endoderma e o mesoderma, não apresentando assim um celoma verdadeiro.E são representados pelos: Nematelmintos

Celomado: Quando a cavidade geral do embrião esta entre as paredes do mesoderma apresentam um celoma verdadeiro. E são representados pelos: cordados, moluscos, anelídeos e equinodermos.











Sem titulo



Anexos embrionários

 Saco vitelínico é uma estrutura formada a partir do mesoderma e endoderma, que envolve o vitelo, participando, assim, do processo de nutrição do animal em desenvolvimento. Essa membrana é a primeira a ser formada e está ligada diretamente ao intestino do embrião. Apresenta-se bem desenvolvida em peixes, répteis e aves, entretanto é reduzida em mamíferos, nos quais a placenta assume a função de nutrição. Nos peixes, apresenta-se como o único anexo embrionário presente; e, em anfíbios, não é observado, uma vez que o vitelo encontra-se no interior de células chamadas de macrômeros.

Alantoide
: Anexo embrionário responsável pelas trocas gasosas, armazenamento de excretas e remoção do cálcio da casca do ovo.
está presente em répteis, aves e mamíferos, sendo formado a partir do mesoderma e endoderma. É uma membrana que está relacionada com as trocas gasosas. Em répteis e aves, ele armazena o produto da excreção do embrião (ácido úrico), retira parte do cálcio da casca e transfere-o para o esqueleto do animal em formação. Em mamíferos, apresenta-se pouco desenvolvido, uma vez que a placenta é responsável por desempenhar o papel dessa estrutura.

Cório, também chamado de serosa, é uma membrana formada a partir do mesoderma e ectoderma que recobre todo o embrião e os outros anexos embrionários. Em répteis e aves, ela está localizada logo abaixo da casca do ovo e atua, junto ao alantoide, nas trocas gasosas, além de proteger o embrião. Nos mamíferos, essa estrutura origina a placenta.
Produz o hormônio Gonadotrofina HCG
para que o nível de progesterona continue elevado, para que a mulher não menstrue, não aborte.


Âmnio
é uma membrana formada a partir do ectoderma e mesoderma que envolve o embrião de répteis, aves e mamíferos. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico. Este possui como principais funções proteger o embrião contra choques mecânicos e evitar a sua desidratação. Os animais que possuem essa estrutura são chamados de amniotas, e os que não possuem, de anamniotas. Nos mamíferos, a estrutura é conhecida popularmente como bolsa d'água ou bolsa amniota essencial para a reprodução desses animais no ambiente terrestre.

A placenta também é um anexo embrionário, entretanto, essa estrutura é exclusiva dos mamíferos, sendo formada normalmente pela interação entre o cório e o alantoide. Sua função principal é estabelecer a troca de substâncias entre a mãe e o filhote, possuindo, portanto, a função de nutrição, respiração e excreção. Além disso, a placenta também está relacionada com a produção de vários hormônios durante a gravidez. Não é encontrada nos mamíferos que botam ovos, tais como os ornitorrincos.














Gametogênese e Ovulogênese

Gametogênese é o processo de formação de gametas que ocorre em organismos geralmente dotados de reprodução sexuada. O processo de divisão importante para a produção de gametas (células haplóides) é a meiose, pois esta reduz à metade a quantidade de cromossomos das células. A gametogênese masculina é chamada de espermatogênese e a feminina de ovogênese ou ovulogênese. Vejamos cada um desses processos!

Espermatogênese

A espermatogênese é o processo de formação de espermatozóides que ocorre nas paredes dos túbulos seminíferos pela diferenciação de células denominadas espermatogônias.
Espermatogenese
Espermatogênese
tubulos-seminiferos
Visão em corte de um testículo. Note a localização dos túbulos seminíferos.
A partir da puberdade, as espermatogônias passam a se multiplicar por mitose e se transformar em espermatócitos primários (I). Cada espermatócito passa pela primeira divisão meiótica, originando dois espermatócitos secundários (II). Cada uma dessas células sofrerá a segunda divisão meiótica, dando origem a duas espermátides, que se diferenciarão em espermatozóides.
Divisões celulares da espermatogênese.
Os espermatozóides recém-formados caem na cavidade interna dos túbulos seminíferos e passam a se deslocar em seu interior, através da contração das paredes dos túbulos e do fluxo de líquido presente dentro deles.


Ovulogênese

A ovulogênese é o processo de formação de óvulos, que inicia-se antes mesmo do nascimento, por volta do terceiro mês de desenvolvimento. As ovogônias se multiplicam durante a fase fetal feminina. Em seguida, param de se dividir e diferenciam-se em ovócitos primários. A mulher nasce com cerca de 400 mil ovócitos primários. Essas células estão envoltas por diversas camadas de células foliculares, formando os folículos ovarianos.
Ovogenese
Estrutura do ovário em corte
Com o desenvolvimento do folículo, o ovócito primário completa sua primeira divisão meiótica, produzindo células de tamanhos diferentes: uma grande e rica em vitelo, chamada de ovócito secundário, e uma pequena, chamada corpúsculo polar (que se degenera). O ovócito secundário inicia a segunda meiose, porém estaciona na fase de metáfase II. Com o contínuo desenvolvimento do folículo, ocorre um aumento da pressão de líquidos em seu interior, que provoca seu rompimento. Esse fenômeno é a ovulação. Portanto, o que chamamos de “óvulo” é na verdade o ovócito secundário, que só completará a segunda meiose caso ocorra fecundação.


ovulogenese2
Divisões celulares da ovulogênese



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Interfase e divisão celular (Mitose e Meiose)

Interfase (é a fase em que a célula não faz divisão)

É um período de grande atividade metabólica, é o momento em que a célula executa suas funções vitais.
Ela é dividida em 4 fases:

1) G0 ou Gap 0: É o instante que a célula exerce seu metabolismo normal, não focando em sua divisão.


2)Gap 1 ou G1:  É quando a célula sofre estímulos para iniciar a divisão, que acarreta no aumento do volume celular e aumento da produção de RNA para a intensa síntese de proteínas.
 
3)A fase S realiza a duplicação do DNA = duplicação das cromátides (filamentos de DNA) dos cromossomos,  que ficarão unidas em pares (cromátides-irmãs) por uma porção chamada centrômero.

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4)G2, ou Gap 2:  É nela que ocorre a multiplicação de centríolos e o início da formação do fuso, que serão necessários para dar início a mitose.
OB:Um par de centríolos forma um centrossomo.

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OB: Durante o processo de Interfase o núcleo apresenta-se integro, já na divisão isso não ocorre.

Divisão celular (Mitose e Meiose)


As células se reproduzem pelas mais diversas razões, e confiam em dois mecanismos básicos para realizar esse processo: a mitose e a meiose. A diferença básica entre os processos é que, na mitose, a célula em divisão (que chamaremos de célula-mãe) gerará duas células-filhas idênticas a ela e entre si, com a mesma carga genética (46 cromossomos = 2n: diploide), enquanto na meiose, uma célula 2n:diploide gerará quatro células (com 23 cromossomos = n:haploides), diferentes da célula-mãe. A mitose faz uma divisão equacional (aumenta o número de células no organismo. Ela é responsável pelo nosso crescimento, éramos um uvo(zigoto) e hoje temos um corpo com mais de 10 trilhões de células,  todas elas surgiram de uma única célula, por mitoses se sucessivas.
 Já a meiose faz uma divisão reducional.


Mitose
 

 

Só acontece com células não sexuais aquelas células que não formam gametas: espermatozoides e óvulo.

Neste tipo de divisão celular, há a formação de duas novas células idênticas à célula-mãe que as originou. Logo, se a célula se dividisse ao meio, ela originaria duas células com metade do número de cromossomos e organelas. Como esse não é o objetivo da mitose, primeiramente a célula deve duplicar tudo em seu interior, como organelas e o próprio DNA. Essa fase de duplicação e crescimento chamamos de intérfase, que possui intensa atividade metabólica. Quando tudo está pronto para que ocorra a divisão celular, esta inicia-se, dividindo-se em 5 etapas: prófase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese.

Fases da Mitose: (Prometa Anatelo)

Prófase:

-A célula tem sua membrana nuclear desfeita (desaparecimento da carioteca e do nucleolo).
-Migração dos centríolos para cada polo da célula
-Início da formação do fuso
-Início da formação dos cromossomos. É nesta fase que os cromossomos começam a ficar visível com a sua espiralização.

Metáfase:

-Cromossomos prontos
-Cromossomos posicionam-se deitados  no centro ou equador da célula  (formando a placa equatorial).
-Fuso pronto e ligado ao centrômero dos cromossomos.

Anáfase
-
Os fusos puxam os cromossomos para diferentes lados, sofrendo quebra de seis centrômeros dividindo-os no meio (separação das cromátides irmãs, que antes estavam juntas)

Telófase.
- Início da citocinese: quando os cromossomos já foram para cada polo celular, a célula começa a estrangular 

Citocinese
-A separação em duas novas células geneticamente iguais (2n=diploide=46cromossomos).




Meiose
-Responsável pela formação dos gametas
-Responsável pela variabilidade genética através do crossing-over = permutação gênica.

Fazes da Meiose: (Prometa Anatelo)

1)Meiose I: Prófase I, Metáfase I, Anáfase I, Telófase I
2)Meiose II: Prófase II, Metáfase II, Anéfase II, Telófase II

-Prófase I: É igual a prófase da mitose + crossing over que é dividido em 5 fases:
1)Leptoteno: Condensação dos cromossomos
2)Zigóteno: Cromossomos prontos e emparelhados
3)Paquíteno: Ocorre o crossing over para que ocorra a troca de genes
Resultado de imagem para crossing over
4)Diplóteno: Separação dos cromossomos, menos no locar que ocorreu o crossing = quiasma
5)Diacinese: Os quiasmas se quebram ocorrendo a separação dos cromossomos.

-Metáfase I: Igual a fase da mitose - cromossomos prontos e permutados com alteração genética

-Anáfase I: Os cromossomos homólogos se separam íntegros para o polos.

-Telófase I: Inicia a citocinese com 23 cromossomos célula haploide


Meiose I







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Meiose II:


-É muito semelhante a divisão mitotica, a única diferença é que na mitose ocorre com células diploides (2 cromossomos)  e na meiose II tudo está na forma haploide (apenas 1 cromossomo).

-OB: A meiose I (2n) se divide em duas (n) e cada uma dessas duas inicia a meiose II originando mais 2 células. No final serão 4 células haplóides.

-A célula do testículo e do ovário tem 46 cromossomos já células que se originam delas têm 23 cromossomos (Espermatozoide e óvulo)

-O espermatozoide 23 cromossomos o óvulo 23 cromossomos = 46 cromossomos. A partir da junção dessas células só ocorrerá divisão por mitose.



1 célula diploide de 46 cromossomo: Tem 2 cromossomos homólogos
1 célula haploide de 23 cromossomos: Tem apenas 1 cromossomo homólogo.
















Mitose, que pode ocorrer em células
diploides ou haploides, e a meiose, que
produz gametas nos animais e esporos nos vegetais.
 Na mitose uma célula que, ao se dividir,
origina duas células idênticas; ela pode ocorrer
em células diploides ou haploides. Nos seres vivos
multicelulares, ela é responsável pelo crescimento
e regeneração dos tecidos; nos unicelulares, tem
função reprodutiva/ também é responsável pela
formação de gametas nos vegetais. A meiose
ocorre apenas em células diploides. Uma célula
sofre duas divisões consecutivas, originando células
haploides. É responsável pela formação de gametas
nos animais e de esporos nos vegetais.









quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Síntese Proteica (transcrição e tradução)








As proteínas possuem importância fundamental para o nosso organismo, podendo estar presente na composição estrutural das células vivas, além de atuar como enzimas, comandando os processos vitais do organismo. As proteínas podem ser formadas por um ou mais polipeptídios. No processo de síntese proteica, ou de uma cadeia polipeptídica, ocorre a união de aminoácidos de acordo com a sequencia de códons do RNA mensageiro (RNAm). Tendo em vista que a sequência desses códons é determinada pela sequência de bases nitrogenadas do DNA, a síntese proteica acaba por representar a “tradução” da informação genética, sendo por isso chamada de tradução gênica.

Quais são os “personagens” que atuarão na tradução?

RNA mensageiro (RNAm): contém a sequência de bases nitrogenadas transcritas do DNA. A formação do RNAm chama-se transcrição e é semelhante à replicação do DNA.
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Transcrição (síntese de RNA mensageiro)
Em organismos eucariontes, a transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma. Já em procariontes, não existe tal separação e portanto ambas as etapas acontecem no citoplasma.
RNA ribossômico (RNAr): associando-se a proteínas, as fitas de RNAr formarão os ribossomos (responsáveis pela leitura da mensagem contida no RNAm).
RNAr
Estrutura do RNA ribossômico
RNA transportador (RNAt): são responsáveis pelo transporte de aminoácidos até o local onde ocorrerá a síntese proteica junto aos ribossomos. São moléculas de RNA simples e capazes de se dobrar sobre si mesmas, adquirindo o aspecto mostrado na figura abaixo.
DNA4
Estrutura do RNA transportador
Existem regiões específicas importantes do RNAt: local ligação do aminoácido e o trio de bases complementares do RNAt (anticódon), que se encaixará no códon do RNAm.
OBS: No RNA as bases nitrogenadas presentes serão Adenina, Guanina, Citosina e Uracila. A última estará presente no lugar da Timina (presente apenas no DNA)!

Como ocorre o início da síntese da cadeia polipeptídica?

Para que se inicie o processo de tradução, deve ocorrer a associação entre um ribossomo, um RNAm e um RNAt especial, que transportará o aminoácido metionina. Esse RNAt que possui o anticódon UAC irá se emparelhar com o códon AUG da molécula de RNAm. A trinca AUG constitui o códon de início de tradução, pois ele determinará o local do RNAm onde se inicia a informação para a cadeia polipeptídica.
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Início da síntese da cadeia polipeptídica
O RNAt que iniciará a transcrição gênica se alojará em um local da subunidade maior do ribossomo chamado Sítio P. Esse sítio sempre será ocupado pelo RNAt que carrega a cadeia polipeptídica em formação (P de polipeptídio). Ao lado do sítio P, localiza-se o Sítio A, que sempre  será ocupado pelo RNAt que carrega o aminoácido a ser incorporado (A de aminoácido).

Como ocorre o crescimento da cadeia polipeptídica?

Assim que os dois primeiros RNAt se ligam aos sítios P e A, o ribossomo catalisará a separação da metionina de seu RNAt e sua imediata ligação ao aminoácido transportado pelo RNAt que ocupa o sítio A. Logo após isso, o ribossomo se deslocará sobre o RNAm, ficando agora sobre outro códon. Com isso, o RNAt que transportava a metionina se solta do ribossomo e do RNAm, e o RNAt que antes ocupada o sítio A, passa agora a ocupar o sítio P, carregando agora dois aminoácidos unidos por uma ligação peptídica. O sítio A fica, então, disponível para a entrada do próximo RNAt.
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Síntese da cadeia polipeptídica (Primeira ligação peptídica, desligamento do RNAt do primeiro aminoácido (Metionina) e deslocamento do ribossomo sobre o RNAm)
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Síntese da cadeia polipeptídica (segunda ligação peptídica, desligamento do RNAt do segundo aminoácido (Fenilalanina) e deslocamento do ribossomo sobre o RNAm)

Como ocorre o término da síntese da cadeia polipeptídica?

A síntese da cadeia polipeptídica termina quando o ribossomo chega a um dos três códons para os quais não existe aminoácido correspondente. Esses são  UAA, UAG e UGA, os códons de parada (stop códons). Quando isso ocorre, o sítio A do ribossomo é ocupado por uma proteína chamada fator de liberação e todos os componentes do processo se separam, liberando a cadeia polipeptídica formada.








 A transcrição e tradução nos seres procariontes acontecem ao mesmo tempo pois o seu DNA se encontra no citoplasma da célula que contem todos os aparatos para fazer os 2 processos
 Na replicação o DNA polimerase vai no sentido da extremidade 5' para a extremidade 3'
Várias traduções ocorrem ao mesmo tempo para dar agilidade ao processo








http://pt.slideshare.net/emanuelbio/acidos-nuclicos-22694420