segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Evidências evolutivas e tipos de Seleção Natural

Evidências evolutivas


Os cientistas acreditam que o surgimento de novas espécies ocorre por cladogênese, ou seja, uma espécie ancestral se diversifica dando origem a novas espécies.
Como ocorre o fenomeno da especiacao?
Demonstração de cladogênese.
A especiação pode ocorrer de duas formas:

Especiação alopátrica

Para que haja formação de novas espécies, deve primeiramente ocorrer uma separação geográfica entre populações de uma espécie ancestral. Após o isolamento geográfico, as populações adquirem mutações e são selecionadas de forma isolada umas das outras. Isso pode ocasionar ao longo do tempo um acúmulo de diferenças genéticas que impedem o fluxo gênico entre essas populações, gerando um isolamento reprodutivo (a troca de genes entre elas não é mais possível).

  • OCORRE Isolamento geográfico

Quando uma população que antes convivia é separada em duas populações menores (metapopulações), deixa de existir fluxo gênico entre elas, ou seja, elas não conseguem mais cruzar. Como cada novo ambiente formado possui suas peculiaridades, onde há um tipo de pressão seletiva em cada um deles e em cada metapopulação ocorrem diferentes acúmulos de mutações, com o decorrer do tempo, elas podem se tornar espécies diferentes. Quando isso ocorre, são formadas duas populações distintas, já que houve especiação. Se, eventualmente, essas novas espécies voltarem a conviver, elas não poderão mais reproduzir, já que as diferenças genéticas impedirão que haja o cruzamento entre elas. Esse mecanismo também é conhecido como Especiação Alopátrica.
Quais os conceitos basicos da evolucao?

Especiação simpátrica

Nesse caso, as espécies podem surgir sem que haja isolamento geográfico inicial, ou seja, o processo de especiação ocorre em uma mesma região. Uma especiação simpátrica pode acontecer graças a erros na divisão meiótica, produzindo gametas diplóides ao invés de haplóides. O cruzamento entre dois gametas diplóides forma embriões tetraplóides. Dois indivíduos tetraplóides podem cruzar entre si e originar descendentes férteis, enquanto o cruzamento de tetraplóides com diplóides gera indivíduos triplóides estéreis. Dessa maneira, os indivíduos tetraplóides tornam-se reprodutivamente isolados dos diplóides, podendo originar uma nova espécie (esse processo é mais comum em plantas do que em animais).

  • OCORRE Isolamento reprodutivo
Esse mecanismo ocorre quando organismos de uma mesma espécie ficam incapazes de cruzar entre si e gerar novos descendentes viáveis e férteis. Isso pode ocorrer porque não há encontro dos gametas do casal em potencial. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como o fato de que os indivíduos entram em fase reprodutiva em épocas diferentes (isolamento estacional) ou porque o comportamento de um dos indivíduos não agrada o parceiro (isolamento comportamental). Também pode ocorrer um “não-ajuste” das peças genitálias (isolamento mecânico). Todos esses isolamentos citados anteriormente são tipos de Isolamentos Pré-Zigóticos. Há também o Isolamento Pós-Zigótico, onde os indivíduos conseguem cruzar entre si, entretanto não há a sobrevivência do embrião ou esterilidade do organismo gerado, ex:Mula é um híbrido estéril do cruzamento entre jumento e égua. Esse mecanismo é conhecido como Especiação Simpátrica.

  • Fósseis
A descoberta de vestígios deixados por seres vivos que antes viveram no planeta Terra puderam responder diversas perguntas sobre a relação ou parentesco que os organismos poderiam ter entre si. Esses vestígios de organismos são chamados fósseis, como pegadas, trilhas, ossos ou fezes, e para que sejam formados é necessário que haja condições especiais, pois cadáveres tendem a sofrer o processo de decomposição, o que impede que estes vestígios se formem. Com eles, pudemos estabelecer uma relação entre animais que antes não eram correlacionados. Um dos tipos de análise foi quanto aos órgãos presentes: quando era observado que dois organismos tinham um ancestral em comum, porém seus órgãos possuíam funções diferentes (como a nadadeira da baleia e o braço humano), esses órgãos eram chamados de homólogos. Tais diferenças ocorreram porque as pressões seletivas foram diferentes em cada um desses organismos, acarretando em uma divergência evolutiva. Já quando dois organismos possuíam órgãos com a mesma função, porém com origens evolutivas diferentes (como a nadadeira da baleia e a nadadeira do tubarão), esses órgãos eram chamados de análogos. Neste caso, esses dois grupos de organismos sofreram as mesmas pressões seletivas, levando a uma convergência evolutiva.

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A Seleção Natural (sobrevivência dos mais aptos) pode ser de 3 tipos:

1-Seleção Direcional:Favorece um único fenótipo
Ex: As girafas de pescoço comprido se adaptaram mais ao meio do que as de pescoço pequeno, sofrendo uma seleção natural.

2-Seleção Estabilizadora: Favorece o meio termo.
Os membros de uma população com um tamanho médio têm maior fitness que os extremos (pequenos e grandes). A seleção natural irá, por essa razão, atuar contra a mudança no tamanho e manterá a população constante ao longo do tempo. Um exemplo bem conhecido é do tamanho médio dos bebês humanos. Até pouco tempo atrás a probabilidade de sobrevivência dos recém-nascidos, levando em consideração o tamanho, era maior para aqueles que nasciam dentro de uma média e menor para aqueles que nasciam ou abaixo ou acima dessa média. Hoje, isso tem mudado devido aos cuidados com os bebês prematuros (pequenos) e também devido aos partos cesarianos para aqueles bebês muito grandes.

3- Seleção Disruptiva: Favorece os extemos
Como exemplo de seleção disruptiva, citamos os besouros que se alimentam de sementes e desprezam as de tamanho pequeno e grande, preferindo as de tamanho médio. Em função disso, serão favorecidos organismos dotados dos fenótipos extremos e, portanto, de plantas produtoras de sementes pequenas e de sementes grandes.

Resultado de imagem para seleção direcional estabilizadora e disruptiva


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